Prisão ilegal é corrigida por delegado André Baronto.
No último dia 11 de julho policiais militares do 7° BPM, localizado em Lagarto, em uma ação atabalhoada efetuaram a prisão de M.A.M. na rodovia que liga Lagarto à Itabaiana, por volta das 19h00h. A vítima estava trocando o pneu do carro, quando foi abordado por dois PMs. Segundo o Cabo e policial, eles estavam à procura de um suposto autor de um suposto disparo por arma de fogo na rodovia, que teria ocorrido por volta da 16h00h. O cabo deu voz de prisão ao cidadão, alegando que o mesmo teria uma arma de fogo, mas, em revista, nada fora encontrado. Algemou o rapaz alegando flagrante delito. O preso solicitou veementemente que fosse concedido o direito de realizar necessidade fisiológica emergente, sendo-lhe negada com a mesma veemência pelo cabo. Após muita insistência e ao alerta do preso de que faria nas calças foi-lhe concedido o pedido. Durante o período em que o cidadão esteve detido na rodovia, foi-lhe imputada fama de que o mesmo era metido, que gozava benesses de pessoas de poder, sendo negado pelo mesmo. A vítima da ação da Polícia solicitava, apenas que fosse encaminhado a uma autoridade policial em uma delegacia para desfazer o mal entendido. Veladamente, os policiais tentaram de várias formas, inclusive o policial que dirigia o carro da polícia uma caminhonete Frontier, usou de palavras nada alvissareiras e com desdém em relação ao preso.
Estava instituído naquele momento o poder absolutista que os “braços armados” do estado acha que têm. Naquela circunstância estavam presentes advogado, promotor e juiz, bastando o querer dos policiais.
Após quase uma hora chegou um sargento que resolveu conduzir o suposto delinqüente ao posto policial da cidade de São Domingos. Já no posto policial, por diversas vezes o preso solicitou dar um telefonema para um advogado e ou alguém da família, o que lhe era negado, sob o auspício de que teria o direito logo.
Depois foi conduzido, ainda algemado, para a delegacia regional de Itabaiana.
Até este momento não teve direito a contatar ninguém, seus direitos não foram lidos nem exercidos, não havia mandado de prisão nem havia nenhuma prova técnica ou outra qualquer que configurasse prisão em flagrante, conforme fora alegado pelo cabo que insistia em contatar todos os policiais e cochichar alguma coisa em relação ao detido.
É fato e notório que o preso nesta “operação” não goza dos “bons olhos’ dos maus policiais, pois o mesmo já impetrou inúmeras denúncias contra desmandos das polícias contra os direitos individuais dos cidadãos e isto incomoda, apenas, os policiais que têm conduta reprovável e que macula as honrosas e briosas corporações chamadas POLÍCIA.
Ao ser levado à presença do delegado André Baronto foi indagado sobre uma suposta arma que o mesmo poderia ter e, foi, gentilmente, ofertada uma “oportunidade” de não ser autuado em flagrante. Já estando claro que não havia meios legais a serem empregados para tal ato. O delegado solicitou na presença do sargento PM que o, agora, detido, fosse buscar a arma que o mesmo poderia vir a ser solto com mais agilidade. Não logrando êxito na empreitada, o delegado André Pinheiro Baronto chegou, de forma hábil, a usar artifícios psicológicos para tentar ver se conseguia tirar algo do rapaz. Ao sentir que o mesmo era pessoa de boa índole e não ter passagem pela polícia por nenhum tipo de infração penal, o delegado tomou o depoimento do mesmo e o liberou, por volta da 01:00 da manhã do dia 12 de julho.
Espera-se que fatos desta natureza não ocorram mais. Contatado o paciente deste fato, afirmou que deverá entrar em contato com o comando da PM, com o coordenador das delegacias do interior, Dr. Júlio Flávio e com o secretário da segurança, Dr. Kércio Pinto para que fatos desta natureza não se repitam. Não fosse a habilidade do jovem delegado o caso poderia ter tomado proporções muito maiores.
domingo, 13 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário