segunda-feira, 14 de setembro de 2009

LAGARTO “ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ”

Parafraseando o título de um filme de sucesso americano: “Onde os fracos não têm vez”, tenta-se demonstrar o que ocorre não só na cidade de Lagarto, mas, em toda parte, de alguma forma, com as pessoas fracas no sentido amplo da palavra, desde o literal até suas vertentes e interpretações diversas, lógicas e ambientais regionais.
O homem tem suas fraquezas, internas e externas, que são moldadas em ambientes, pela máxima de que “o homem é produto do meio”. Mas tais fraquezas têm suas divisões que impõem à sociedade (por questões seculares culturais) alocar as pessoas de acordo com as exposições de “fraquezas”.
A principal fraqueza usada contra o ser humano pelo próprio ser humano, consiste em demarcar territórios entre as pessoas pela posição sócio-econômica.

O indivíduo partícipe da comunidade é visto de acordo com: Local que mora e condição da moradia; Ostentação pública de bens materiais; Ostentação pública de laços protecionistas e a Ostentação pública de força financeira, força violenta e força de proteção (3 pilares de sustentação do crime e do criminoso), oposto aos três pilares que sustentam o estado democrático de direito que são: Igualdade, Equidade e Moderação. Portanto, em meio a tais considerações, usa-se providencialmente a frase: A verdade é sempre o argumento mais forte. Sófocles (496-406 a.C. filósofo grego).

Na cidade de Lagarto/SE com quase 100 mil habitantes e 1036 Km2, a 75 km de Aracaju, não de forma diferente de outras localidades, a absolvição e a condenação, também, passa pelas questões citadas acima.
O julgamento do povo (quase sempre), das autoridades (às vezes) leva em condição a condição de “fraqueza” do indivíduo. Quase nunca se leva em consideração a condição do cidadão que, “sendo qualquer um do povo, nesta condição, merece respeito”.

A polícia (muita das vezes) aborda o negro, o favelado o periférico pelo estereótipo criado na sociedade de que: é um meliante (dicionário Houaiss Pg. 1.887, “Aquele que não trabalha ou vagabundo, vadio; Indivíduo libertino, de maus costumes; Quem perdeu ou demonstra não ter vergonha”). Cabe neste caso a divisão de responsabilidades entre O Estado (que consente deixar à margem da sociedade) e a sociedade (que endossa a irresponsabilidade estatal).

A luta travada por indivíduos cidadãos que, querem tão somente, ver os direitos individuais e o Estado Democrático de Direito respeitados, torna-se, por força gravitacional desta falsa premissa de que a boa e a má pessoa depende de posições sócio-econômicas, raça, credo etc. torna-se batalha indesejável aos olhos da maioria.
No entanto, deveriam ser vistos como guerreiros pela liberdade. Caberiam muito bem neste caso as seguintes palavras: “Nem todos os homens podem ser ilustres, mas todos podem ser bons. Confúcio (551-479 a.C. filósofo chinês).

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