domingo, 12 de abril de 2009

POPULAÇÃO COBRA QUE ASSALTANTES FIQUEM PRESOS

POPULAÇÃO COBRA QUE ASSALTANTES FIQUEM PRESOS

*Por: Marcos Xuiu


A população de Lagarto a 75 km de Aracaju demonstra irritação com algumas situações ocorridas em relação à segurança pública no município. Muitas pessoas estão cobrando da delegacia regional de Lagarto que os marginais que são presos por assaltos e furtos sejam mantidos presos.
O fato mais recente que culminou com as diversas reclamações se refere a um assalto à mão armada que ocorreu em uma loja de celulares no centro da cidade, onde o rapaz foi preso em flagrante delito e de posse de uma arma de fogo, inclusive, vindo a confessar outro assalto a uma confeitaria na cidade.
No entanto, mesmo com todas as provas existentes, o assaltante já pode desfilar livremente pelas ruas da cidade, dando o desprazer de suas vítimas cruzarem vez por outra com o temeroso larápio.

Diante deste fato, várias pessoas têm cobrado dos delegados uma providência.
No entanto, a soltura do assaltante não dependeu, nem depende da delegacia e sim do Poder Judiciário.
Garantindo o amplo direito de defesa, o meliante assistido por advogado foi posto em liberdade pelo Judiciário, pois, é o Poder que detém a força de soltar ou mandar prender.

A população não deve cobrar veementemente dos delegados da cidade e sim, caso requeira, do judiciário que, com certeza, soltou por existir amparo legal para tal.
Na verdade, acha-se que a fragilidade está muito mais nas Leis do nosso País e não especificamente em um Judiciário ou em um Poder de Polícia.
Delegados, Juízes de Direito, Promotores de Justiça, Desembargadores, todos, são meros instrumentos para que sejam cumpridas as Leis.

Mas, para alguns analistas destas mesmas Leis, os chamados Juristas, há meios de um juiz analisar com mais profundidade alguns casos e, em sendo necessário, manter a prisão preventiva para a elucidação de outros delitos e, até mesmo, para poder se fazer respeitado, ainda que de forma temerária, pelos marginais da cidade.
Há uma grande diferença entre um infrator ocasional da Lei e os transgressores corriqueiros.
Cada caso deve e, acredita-se, é analisado de forma mais densa pelo Judiciário.

Nós contamos com um seleto grupo de Juízes de Direito e Promotores de Justiça, não só em Lagarto como em todo o território Sergipano. Somos um dos Estados que têm um Poder Judiciário dos mais independentes e sérios deste país.
A cobrança da população é normal. Uma revisão em casos rumorosos como o recente também seria normal.

Que o povo saiba que os delegados têm feito as suas partes: prendendo em conformidade com a Lei e entregando ao Judiciário.
O Poder Judiciário também tem feito a sua parte, mantendo presos ou soltos os que cometem infrações penais, tudo de acordo com a Lei.

* Articulista, poeta, contista, Graduando em Letras Inglês/Português.